Você sente que a sua vida está desmoronando por conta da falta de foco e concentração? Talvez a resposta esteja no Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade, ou TDAH, uma condição que pode estar por trás de muitos de seus desafios diários.
A identificação correta do TDAH não apenas ilumina os caminhos para um tratamento mais eficaz, mas também devolve controle e qualidade à vida daqueles que, até então, sofriam em silêncio. Por isso, eu te convido a imaginar a sua vida e transforma-la através do entendimento adequado sobre TDAH.
Com este entendimento você pode ajustar a sua rotina diária e encontrar o tratamento ideal, cada passo pode ser a chave para uma vida mais organizada e produtiva.
Continue comigo para descobrir como o diagnóstico correto de TDAH pode transformar não apenas o seu dia a dia, mas também suas relações pessoais e profissionais.
Diagnóstico correto de TDAH
Percebe que eu começo este texto falando CORRETO, certo? Acontece que muitas pessoas chegam ao consultório com diagnóstico de TDAH e, na verdade, não são. São apenas pessoas que estão passando por um momento de má gestão de tempo, falta de controle do excesso de informação ao redor, e às vezes há outras patologias. O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é um distúrbio neurobiológico, que se manifesta na infância e pode acompanhar o indivíduo por toda a vida, impactando a atenção, o foco e a impulsividade.
Por isso, um diagnóstico preciso é crucial não apenas para garantir que a pessoa receba o tratamento adequado, mas também para evitar que ela seja submetida a intervenções desnecessárias.
Posso dizer que muitos pacientes chegam aqui no consultório com diagnósticos errados, tratamentos que não cabem para si mesmos e estratégias para lidar com o TDAH que são disfuncionais ou causam prejuízos maiores. Aqui, meu objetivo é trazer vida novamente para meus pacientes e para isso precisamos de disciplina e conhecimento. Deixa eu te contar o porque da importância do diagnóstico correto.
Por que o diagnóstico correto é importante?
- Diferenciação de outras condições: É essencial distinguir o TDAH de outras condições como ansiedade, depressão ou mesmo um estilo de vida caótico que possa imitar seus sintomas. Muitas vezes, o que aparenta ser falta de atenção pode ser uma resposta a estresses externos ou a outras preocupações de saúde mental.
- Impacto no tratamento: Um diagnóstico incorreto pode levar a tratamentos inadequados, como o uso desnecessário de medicamentos estimulantes, que podem piorar outras condições associadas, como a ansiedade.
- Qualidade de vida: Identificar corretamente o TDAH permite que os pacientes recebam suporte personalizado, o que pode incluir ajustes na medicação, terapia e estratégias de gerenciamento de tempo e organização.
- Envolvimento multidisciplinar: O diagnóstico deve envolver uma equipe de profissionais de saúde, como psiquiatras, psicólogos e terapeutas ocupacionais, para assegurar uma compreensão abrangente do paciente.
- Educação do paciente e da família: Um diagnóstico correto abre caminho para a educação do paciente e de sua família sobre a condição, o que é fundamental para a aceitação e o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento eficazes.
O caminho para um diagnóstico preciso envolve uma análise profunda do comportamento do paciente em diferentes contextos, sejam eles escolares, profissionais ou familiares. Dessa forma, ao garantir que o diagnóstico do TDAH seja correto, abrimos portas para um tratamento mais eficaz, que pode transformar a vida do indivíduo, permitindo que ele alcance seu pleno potencial.
Uma história de sucesso com TDAH
Tenho um paciente querido que já acompanho há algum tempo que chegou ao meu consultório em um estado crítico. Com 30 anos de idade e ainda não havia sido diagnosticado com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH. Ele chegou até mim recém demitido, pois não consegue se manter nos empregos – “muito distraído e esquece tudo“, diziam seus superiores. Além disso, dissolveu um relacionamento de anos e todo o relacionamento com a família estava desgastado. Além disso, sua desorganização e a dificuldade de manter rotina estavam presentes, causando problemas no sono, em seu humor e por fim, em sua produtividade.
Um caso triste por falta de conhecimento e coragem de enfrentar os estigmas e aceitar que deveria consultar um profissional.
Quando isso aconteceu, quando aceitou que poderia ter algo diferente em si. Sua primeira ajuda lhe prejudicou. Pois recebeu o diagnóstico de TDAH, mas ficou sem orientação e estratégias, além de uma medicação que mais lhe causava prejuízos do que ajudava.
Gosto de ressaltar que CADA PACIENTE precisa de medicações diferentes! Há um cuidado muito especial aqui. Por isso gosto de investir muito tempo em investigação e criando estratégias funcionais para a realidade do paciente.
Além disso, os medicamentos podiam estar mascarando outras condições como depressão ou ansiedade.
Nosso plano de tratamento
O sucesso dessa história começa com o diagnóstico correto de TDAH e a avaliação do paciente em outras condições. A feliz parte é que identificamos apenas o TDAH e a tristeza estava mais pelas condições atuais do que algo mais profundo como a depressão. Porém, havia uma ansiedade em sua fase inicial causada pela falta de compreensão de si mesmo e do que estava acontecendo.
Para isso, fizemos o seguinte plano e que pode servir de orientação ou dica para você também que sofre com o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Porém, não deixe de consultar um bom psiquiatra para compreender melhor sobre você e o seu quadro de TDAH.
- Ajustamos a medicação: O paciente estava utilizando uma medicação que não surtia o efeito desejado. Dessa forma, não ajustamos apenas a dosagem, mas também introduzimos um medicamento para controlar a ansiedade, prevenindo que o tratamento do TDAH aumentasse sua inquietação.
- Rotina estruturada: Um componente essencial do tratamento foi a criação de uma rotina bem estruturada. Para quem sofre com o TDAH, organização é fundamental! Isso incluiu a introdução de atividades físicas regulares, começando de forma gradual para garantir consistência antes de aumentar a intensidade.
- Melhoria da qualidade do sono: Estratégias para melhorar o sono foram implementadas, como higiene do sono e, quando necessário, intervenção medicamentosa, para garantir que ele acordasse revigorado e mais focado. Pois, uma boa noite de sono pode aumentar o foco e a concentração. Lembre-se disso, com ou sem TDAH.
- Uso de ferramentas de organização: Uma coisa que gosto de recomendar são guias visuais. Por exemplo, o uso de um planner físico, destacando sua importância para manter lembretes visíveis e palpáveis, ajudando-o a se manter na linha e reduzir a procrastinação.
- Psicoterapia e psicoeducação: Por fim, um aspecto vital do tratamento foi a terapia com profissionais habilitados, promovendo não apenas o ajuste de expectativas, mas também o fortalecimento das crenças positivas sobre suas capacidades e potencial.
Resultados transformadores, uma nova vida
Com essa abordagem multidisciplinar, o paciente não apenas conseguiu reorganizar sua vida profissional e pessoal, mas também retomou o controle de seu futuro. Por isso, gosto de trazer esta história como um exemplo de diagnóstico e tratamento corretos. Dessa forma, mostrando como paciência, resiliência e apoio profissional, foram importantes para e ele redescobrir seu caminho.
E o mais incrível é que as histórias são muito parecidas, mas são tão únicas e cada vitória deve ser muito celebrada. É uma vida de volta aos eixos. Um paciente tendo domínio de si novamente.
O diagnóstico e tratamento corretos
Por isso, reitero a você e quem estiver lendo este post que pense de maneira profunda sobre o tratamento correto. Além disso, avalie bem as orientações e dicas. Lembre que cada pessoa é única e cada realidade pede diferentes atitudes.
Eu me coloca à disposição para ajudá-lo, mas lembre de procurar um psiquiatra ou neurologista de sua confiança. Além disso, há psicólogos que podem ajudar na orientação do tratamento. Ok? O que mais quero é que este post ilumine aqueles que precisam de um respiro de esperança e cheguem ao tratamento. Parece bobagem, mas um mês pode mudar uma vida por completo. Seja sofrendo com os prejuízos do TDAH ou (re)vivendo a vida com o tratamento adequando.
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